AÇÃO E MECANISMO
- Laxante. A parafina é um laxante do tipo lubrificante, constituído por misturas de hidrocarbonetos alifáticos de cadeia longa. Funciona cobrindo as fezes com uma camada hidrofóbica que impede que a água contida no bolo fecal seja absorvida pelo intestino, deixando as fezes moles, o que facilita a sua eliminação. A ação começa após 6-8 horas.
INDICAÇÕES
- Tratamento sintomático da [CONSTIPAÇÃO] temporária, particularmente na presença de hemorróidas ou outros estados dolorosos do ânus e reto.
POSOLOGIA
DOSAGEM:
- Adultos e crianças com mais de 12 anos de idade, oral: 15 ml/12-24 horas. À medida que o hábito intestinal se torna regular, a dose diária deve ser diminuída e espaçada a cada 2-3 dias.
- Crianças, oral:
* Crianças 6-12 anos: 5 ml/12-24 horas.
*Crianças menores de 6 anos: A eficácia e segurança deste medicamento nestes pacientes não foram avaliadas.
REGRAS PARA ADMINISTRAÇÃO CORRETA
Recomenda-se administrar este medicamento ao deitar e, caso seja necessária uma segunda dose, pela manhã com o estômago vazio ou duas horas após o café da manhã. É aconselhável diluir a parafina em um copo de água e tomá-la na posição vertical, para evitar a passagem de gotas de óleo para o sistema respiratório. Você deve beber uma grande quantidade de líquido (até dois litros por dia) para facilitar o amolecimento das fezes.
CONTRAINDICAÇÕES
- Hipersensibilidade a qualquer componente do medicamento. - Situações que podem ser agravadas pelo efeito laxante, como [OBSTRUÇÃO INTESTINAL], [PERFURAÇÃO INTESTINAL], crónica [DOENÇA INTESTINAL INFLAMATÓRIA], [APENDICITE] ou [MEGACÓLON TÓXICO]. Logicamente, não deve ser usado em pacientes com [DIARREIA].
PRECAUÇÕES
- Sintomas de obstrução intestinal. Antes de iniciar o tratamento com um laxante, é aconselhável realizar um diagnóstico diferencial de obstrução intestinal em pacientes com sintomas como [NÁUSEA], [VÔMITO] ou [DOR ABDOMINAL] de origem desconhecida, ou [DISTENSÃO ABDOMINAL]. - [DESEQUILÍBRIO HIDRELETRÓLITO]. O uso de laxantes por longos períodos de tempo pode levar a fenômenos de desequilíbrio eletrolítico. Os pacientes devem ser adequadamente hidratados e ter níveis normais de eletrólitos antes de iniciar o tratamento com um laxante. - Unidade. O uso continuado de laxantes pode gerar dependência, pois podem levar a desequilíbrios eletrolíticos que geram atonia intestinal. - Pneumonite lipídica. A aspiração de gotículas de óleo pode levar a pneumonite lipídica. Este quadro ocorre especialmente em crianças pequenas e pacientes acamados ou com [DISFAGIA].
PRECAUÇÕES RELACIONADAS AOS EXCIPIENTES
- Este medicamento contém sorbitol. Pacientes com [INTOLERÂNCIA À FRUTOSE] hereditária não devem tomar este medicamento.
CONSELHOS AO PACIENTE
- Antes de iniciar um tratamento contra a prisão de ventre, os hábitos de vida devem ser modificados. Recomenda-se uma ingestão diária adequada de líquidos e fibras, assim como uma resposta rápida ao estímulo da defecação e exercício físico. - Este medicamento não deve ser utilizado por pacientes com obstrução intestinal ou acamados. - Seu uso contínuo pode causar habituação. - Se após 1 semana de uso, a constipação não melhorar, persistir ou piorar, você deve consultar o seu médico ou farmacêutico. - Recomenda-se administrar este medicamento ao deitar e, se for necessária uma segunda dose, pela manhã com o estômago vazio. - Fale com o seu médico e/ou farmacêutico se a obstipação piorar ou se surgirem sintomas como náuseas ou vómitos, inchaço abdominal ou febre.
ADVERTÊNCIAS ESPECIAIS
- Realizar diagnóstico diferencial em pacientes com suspeita de obstrução intestinal. - Antes de iniciar um tratamento, o paciente deve estar devidamente hidratado e com níveis de eletrólitos normais. O tratamento não deve ser iniciado se esses níveis estiverem alterados.
INTERAÇÕES
- Digoxina. O uso prolongado de laxantes pode causar depleção dos níveis de potássio, aumentando a toxicidade da digoxina. O monitoramento dos níveis de eletrólitos é recomendado em pacientes recebendo tratamento com digoxina. - Docusato de sódio. O docusato de sódio pode aumentar a absorção do óleo mineral devido às suas propriedades tensoativas. Recomenda-se distanciar as doses de ambos os medicamentos pelo menos 2 horas. - Vitaminas lipossolúveis (vitaminas A, D, E e K). O uso de óleos minerais como laxantes pode interferir na absorção de vitaminas. Recomenda-se distanciar a administração desses medicamentos pelo menos 2 horas.
GRAVIDEZ
FDA categoria C. O óleo de parafina geralmente não é absorvido, embora com o uso oral crônico possa ocorrer absorção prejudicada de vitaminas lipossolúveis. Hipoprotrombinemia e doença hemorrágica em recém-nascidos foram relatadas quando o óleo mineral oral foi administrado cronicamente a mulheres grávidas. O uso deste medicamento é, portanto, apenas aceito no tratamento de curto prazo da constipação em mulheres grávidas.
LACTAÇÃO
A parafina geralmente não é absorvida. Apesar disso, não se sabe se é excretado no leite materno e os possíveis efeitos que pode ter no lactente. uso preventivo.
CRIANÇAS
Como regra geral, o uso de laxantes em crianças menores de 6 anos não é recomendado, pois elas geralmente não são capazes de descrever seus sintomas com precisão. Um diagnóstico adequado deve ser feito antes de usar um laxante, pois pode mascarar condições mais graves. Deve-se ter em mente que crianças menores de 6 anos são mais propensas à aspiração de gotículas de óleo, que podem causar pneumonia lipídica.
IDOSOS
Idosos acamados não devem usar cera de parafina devido à possibilidade de aspiração de gotículas de óleo. No entanto, não foram descritos problemas em outros pacientes idosos acamados, portanto seu uso é aceito.
REAÇÕES ADVERSAS
Os efeitos adversos da parafina são geralmente leves e transitórios. As reações adversas mais características são: - Digestivas. O aparecimento de desconforto perianal, como [COCEIRA ANAL] ou irritação anal e [HEMORRÓIDAS], eliminação de óleo mineral pelo reto, [INCONTINÊNCIA FECAL], fezes aquosas, [DOR ABDOMINAL], agravamento da constipação é muito raro (<1%) . Especialmente associado à administração de doses altas ou excessivas e/ou uso crônico. - Respiratório: alguns casos de [PNEUMONIA ASPIRATIVA] e lipóide [PNEUMONITE] foram descritos devido à ingestão oral e subseqüente aspiração de parafina líquida. Pacientes deitados, acamados, idosos, doentes mentais, inválidos e crianças são mais propensos a esses efeitos. - Metabólico e nutricional: Déficit de vitaminas lipossolúveis (A, D, E e K) e [DESIDRATAÇÃO], geralmente associado ao uso de doses altas ou excessivas e/ou uso crônico. - Geral: casos isolados de reações granulomatosas (lipogranuloma) e reações de hipersensibilidade.
DATA DE APROVAÇÃO/REVISÃO DA FOLHA
março de 2004.